segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Bagagem



          Nem sempre as coisas correm da maneira que queremos, mas isso não quer dizer que correm mal. A vida é feita de vários caminhos, existem destinos diferentes consoante às suas escolhas, mas não existem destinos errados. A grandeza que buscamos não é o ponto de chagada, a linha final, mas sim, o conhecimento, a sabedoria, as alegrias, as lágrimas, os erros, os acertos, a bagagem que adquirimos pelo caminho.
          Apesar de ainda novo, somente Deus sabe aquilo que já passei. Sorri, chorei, errei, fui, fiquei, fiz, não fiz, arrependi, esperei e espero por momentos que façam o “meu eu” ser modificado.
          Hoje, quero mais do que nunca, sentir. Não importa o quê, mas quero sentir. Só não quero ser um peso morto, um vegetal (ou mesmo aquele tipo de pessoa que faz de tudo, mas não vive o que faz).
          É até engraçado, ao olhar no espelho esta manhã, reparei alguns fios de cabelo brancos. Não me senti velho, muito menos “experiente”, mas isso fez com que eu abrisse na minha cabeça um breve “trailler” da vida que ainda vou viver. Despertou uma curiosidade do que vou ser, quem vou ser, o que devo fazer. Um bocado de medo do ditado: aquilo que você planta, você colherá.
          Mas acima da curiosidade e do medo, despertou uma imensa vontade de viver. Viver e ser feliz, do meu jeito, sentir uma verdadeira felicidade no meu sorriso. Uma vontade de amar, dar bom dia ao porteiro, um sorriso a quem eu não conheço e recolher o lixo que alguém jogou no chão da rua. Amar não só a minha família e amigos, mas todos.
          E depois de tudo isso, enfim, carregar a bagagem mais importante que pode haver: o amor. E chegarei ao meu destino (seja lá qual for) com um olhar e um sorriso despreocupado.

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